Categorias da Paraescalada são confirmadas para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028 

A escalada esportiva foi oficialmente incluída no programa dos Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028 (LA28), com a realização de oito provas valendo medalhas e a participação de 80 atletas, 40 homens e 40 mulheres.

O anúncio histórico foi feito pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e celebrado pela Federação Internacional de Escalada Esportiva (IFSC), que considera essa conquista o resultado de anos de desenvolvimento da modalidade, do empenho dos atletas e do fortalecimento da comunidade global da escalada. A decisão também destaca o crescimento contínuo da Paraescalada, agora reconhecida como um esporte inclusivo, de alto nível e inspirador.

Nos Jogos de LA28, as oito medalhas contemplarão três categorias macro de deficiências de deficiência: deficiência visual, deficiência de membros e alcance e potência – e serão igualmente divididos entre homens e mulheres.

  • Deficiência visual: B2 feminino e B1 masculino
  • Deficiência de membro superior: AU2 feminino e masculino
  • Deficiência de membros inferiores: AL2 feminino e masculino
  • Alcance e potência: RP1 feminino e masculino

Essas categorias esportivas assegurarão uma participação diversificada e inclusiva de atletas com diferentes tipos de deficiência, mantendo o alinhamento com o compromisso do IPC com a excelência competitiva e a equidade nos processos de classificação.

Paraescalada nos Jogos Paralímpicos

A inclusão da Paraescalada nos Jogos Paralímpicos é resultado de seus sucessivos avanços nos Campeonatos Mundiais e nas Copas do Mundo organizadas pela IFSC, onde tanto a participação quanto a visibilidade da modalidade vêm crescendo de forma consistente. Atletas de elite de diversas partes do mundo têm encontrado nesses eventos uma plataforma valiosa para demonstrar suas habilidades e compartilhar suas histórias.

Em junho de 2024, o Comitê Organizador de Los Angeles 2028 propôs oficialmente a Escalada Paralímpica como esporte adicional no programa Paralímpico, proposta que foi aprovada pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) no final do mesmo mês.

Após a realização da primeira Copa do Mundo de Paraescalada deste ano, em Salt Lake City, Utah (EUA), os preparativos para o LA28 seguem em ritmo acelerado. Os próximos eventos importantes incluem competições em Innsbruck, Áustria, e Laval, França, além da 9ª edição do Campeonato Mundial de Paraescalada, agendada para ocorrer em Seul, Coreia do Sul, entre os dias 20 e 25 de setembro. 

A Paraescalada brasileira rumo à LA28

A ausência das categorias RP3 na programação paralímpica de Los Angeles 2028 representa um impacto significativo para a Paraescalada brasileira. Dois dos maiores nomes do país, Marina Dias e Igor Mesquita, competem justamente nessa classe e, infelizmente, não poderão participar dos Jogos. A exclusão dessas categorias limita a representatividade nacional, além de restringir oportunidades para atletas que já vinham se destacando no cenário internacional. No entanto, assim como aconteceu com a Escalada Esportiva nos Jogos Olímpicos em Tóquio 2020, a expectativa é que essa participação abra portas para uma presença permanente no programa Paralímpico e que mais classes sejam contempladas no futuro.

Por outro lado, há também boas notícias, as categorias aprovadas para Los Angeles incluem divisões nas quais o Brasil conta com representantes preparados e em plena atividade. Um exemplo é o atleta Eduardo M. Schaus, que recentemente competiu em Salt Lake City, na categoria AU2, e teve um desempenho excelente, ficando muito próximo de alcançar a final.  Outro destaque é Luciano Frazão, que compete na categoria AL2. Ele segue em intensa preparação para a próxima etapa do circuito internacional, que acontecerá em Innsbruck, na Áustria, uma das competições mais tradicionais e importantes da temporada. 

Além desses resultados, um movimento interessante está em curso. Existe a possibilidade de atletas da categoria AL1, que envolve maior comprometimento de mobilidade nos membros inferiores, serem reclassificados para a categoria RP1. Caso essa possibilidade se confirme, o Brasil poderá ampliar ainda mais sua presença nos Jogos de Los Angeles, conquistando novas vagas e fortalecendo sua participação também nesta categoria.

O cenário atual, portanto, é de desafios importantes, mas também de novas oportunidades estratégicas para a Paraescalada brasileira. A exclusão da RP3 impõe limites, mas o talento, a dedicação e o potencial de adaptação dos atletas seguem abrindo caminhos para o país se consolidar como uma força emergente na modalidade.

 

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