Orçamento ordinário da ABEE para 2024 tem um aumento de 24%

Na Assembleia Geral mais recente (15 de dezembro de 2023) do Comitê Olímpico do Brasil (COB), que ocorreu no Rio de Janeiro (RJ), foi aprovado unanimemente o orçamento da entidade para o ano olímpico, assim como  o orçamento ordinário das Confederações Brasileiras Olímpicas, repassados por meio da descentralização de recursos das Loterias (Lei 13.756).

Para a Escalada Esportiva, o valor do orçamento ordinário aprovado para 2024 foi de 4.938 milhões. Este montante representa um aumento significativo de 24% em relação ao orçamento do ano anterior, que foi de 3.98 milhões.  O valor coloca a ABEE com o 26º maior orçamento entre as entidades olímpicas. 

O avanço se deu através de melhorias na prestação de contas, na pontuação do Programa Gestão, Ética e Transparência (GET) e o primeiro resultado esportivo da escalada contabilizado para a descentralização de recursos.

Na prestação de contas, o trabalho da entidade alavancou a colocação no ranking mantido pelo COB, da 22ª para a 16ª posição entre as 33 entidades olímpicas. No programa GET, a entidade além de avançar no seu nível de maturidade, que exige ainda mais evidências, aumentou significativamente sua nota, alcançando 7.31, frente ao 3.35 obtido em 2022. 

Apenas estes dois quesitos já deveriam garantir um aumento real no orçamento da entidade para 2024, mas pela primeira vez a ABEE também pontuou em um dos 11 critérios de resultados esportivos: o 8º lugar da atleta Anja Köhler no combinado Sub-20 no Campeonato Mundial de Escalada Sub-20, disputado na Coreia do Sul. Este resultado contribuiu com aproximadamente 12% do valor conquistado pela entidade acima do piso de R$3.409 milhões. 

Orçamento para o Desenvolvimento Esportivo

Para este ano, a ABEE soma ainda ao orçamento ordinário, o orçamento para Desenvolvimento Esportivo, no valor de R$ 482.160,40. Este orçamento faz parte do programa de Desenvolvimento Esportivo do COB, que vai destinar, em 2024, R$16 milhões para este fim.

Assim como a descentralização de recursos, para fazer jus a melhorias no orçamento a entidade depende de uma série de evidências acerca do trabalho realizado visando o desenvolvimento esportivo. Graças a este trabalho a ABEE conquistou um aumento de 16% em relação ao valor do orçamento 2023.

Este recurso, diferente do orçamento ordinário, tem destinação exclusiva, tendo que ser utilizado obrigatoriamente com projetos para as categorias de base. Parte desse recurso começará a ser utilizado ainda este mês, com o envio do time de escalada Sub-20 para a realização de um Training Camp internacional da categoria, na Itália, repetindo a experiência de sucesso de 2023. 

Como funciona a Descentralização de Recursos do COB

O COB emprega os recursos provenientes da Lei das Loterias de acordo com os critérios rigorosos estabelecidos por essa legislação, bem como com o planejamento técnico elaborado em colaboração com as Confederações Brasileiras Olímpicas.

Os recursos assegurados por meio da Lei, cerca de 1,7% do total de todas as apostas realizadas nas Loterias da Caixa, têm permitido ao COB investir no desporto olímpico de forma contínua e crescente. Parte destes recursos ficam para a manutenção e realização dos projetos da própria entidade, e parte é repassada às confederações olímpicas através da Política de Descentralização de Recursos. 

Em 2024, o orçamento total da Descentralização de Recursos foi de R$225 milhões, um aumento de 12% em relação ao ano de 2023. Metade deste orçamento é dividido igualitariamente entre as 33 entidades olímpicas, com a outra metade sendo distribuída de acordo com critérios de desempenho das entidades. 

Ao todo, são utilizados 13 critérios, sendo 2 de gestão (GET e Prestação de Contas) e mais 11 critérios de resultados esportivos. Cada critério tem um peso, e quanto mais a entidade pontuar, mais receberá proporcionalmente dos recursos. 

Mas a descentralização dos recursos não para por aí. O COB monitora de maneira meticulosa o uso dos recursos, avalia a eficácia dos investimentos e verifica todos os resultados alcançados por cada instituição. De maneira que, a concessão de recursos para novos projetos está sempre sujeita à apresentação – e aprovação – do planejamento e das contas referentes aos projetos antes realizados.